
Ainda bem que outras coisas falam mais alto que lembranças.
Veneno repousa no copo ao lado
escondendo o pequeno apego egoísta
escorrendo na parede o medo incerto
sou um corvo, não um artista
sob o fogo a fortaleza se despedaça
não tente fugir para o esquecimento
eu lembro de cada frase contada
palavras não curam o sentimento
vitima de minha própria memória
a tortura esvazia a mente
eu quero apenas um abraço
e esquecer de tudo para sempre
não posso ver a tristeza
quando o punhado de sonhos é aberto
a vitima da faca de dois gumes
é feliz com seu sorriso aberto