quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

- O rei e o general, 6° missão.


Grande bruxo do caos, rei do norte e seus horizontes escuros onde as trevas prevalecem. Sentado em seu trono negro adornado com caveiras de seus antigos inimigos. Elas eram sua taça, da qual considerava beber o doce vinho da vitória. Inimigos, filhos da luz, eram apenas tolos sem sede de poder. Sem vontade de conhecimento, sem ambição, deveriam ser punidos por se colocarem entre o grande lorde negro e seus objetivos!

Filho do grande deus das trevas, lorde da montanha sombria, onde os escuros rios de sangue escorriam dos profundos vales do submundo entre as terras proibidas, onde o cheiro insuportável de morte e terror era exalado e louvado.Um lugar onde o mal se alojava, as sombras pairavam e criaturas profanas se multiplicavam. Com formas malignas se arrastavam e se esgueiravam na escuridão à procura de um pouco de carne fresca.

O grande rei possuía servos, capitães de batalha e generais de guerra, criaturas com muitas formas, as quais usavam para comandar suas poderosas tropas com obediência.Essas tropas eram sempre infestadas de ódio, antes foram guiadas por falsas palavras sobre tesouros e agora são guiadas apenas pela sede de matança.

O confronto começou, e as alianças dos homens atacavam pelo sul, os elfos pelo leste e os anões pelo norte. Os homens atacavam os campos principais, próximos da grande fortaleza onde o senhor do caos tinha sua moradia. Mostravam coragem e honra, suas espadas eram brandidas com vontade, pela liberdade de suas famílias da escravidão nas terras negras. Pelo seu rei e pela sua terra lutaram e avançaram pelos campos negros.

O rei das sombras estava ansioso e se mexia constantemente em seu trono agonizando em tristeza, estava sendo vencido. A grande porta de bronze na sala do grande bruxo foi aberta com força e das sombras irrompeu seu general mais confiável.

- As tropas inimigas estão avançando muito rapidamente pelo campo, a ultima aliança dos homens está vindo com força total! O nosso exercito pedem reforços para segura-los, mas se assim fizermos, caso eles ultrapassem os portões, estaremos perdidos! – Disse o general, sua voz falava e mostrava medo.

-Mande tropas para ajudarem na proteção das muralhas, quero todos os orcs prontos para o combate,eles não podem entrar na fortaleza. – respondeu o seu senhor.

- Se este é o seu desejo, meu lorde... – disse o general afastando-se e saído pelo portal fechando-o com a porta de bronze.

O rei negro levantou-se de seu trono, seu coração palpitava rapidamente, uma sensação, algo parecido com preocupação. Andava de um lado para o outro pensando em estratagemas que esmagariam os exércitos dos homens livres, então, começou a invocar algum tipo de magia negra, fazendo com que toda a criatura ruim em seus domínios o escutasse.

- Vão, meus escravos, vão e criem dor e destruição! Vocês devem fazer os homens gemerem no campo de batalha, sem piedade! Vão meus servos bestiais, tenham ódio dessas criaturas boas e livres, não é isso que vocês querem? Liberdade? Vençam e eu os libertarei, mas por enquanto, é hora de matar!

Todas as criaturas sob seu encanto gritaram com tanto ódio que o som ecoou pelas colinas negras como o rugido de um leão. Seus corações desejavam o sangue dos inimigos tanto quanto desejavam a liberdade. As tropas demoniacas avançaram sobre os homens pelos campos. os orcs e servos da escuridão faziam o chão estremecer diante de sua vontade, com passos largos e pesados chegaram rapidamente ao campo de batalha. Suas bocas rugiam palavras terríveis em sua língua podre.

O fogo rangia no campo de batalha, o choque foi eminente. A grande batalha havia começado, os homens clamavam o nome de seu rei, suas espadas empunhadas pelos bravos guerreiros reluziam sobre o terreno proibido com um som estridente que mostrava o quanto poderiam ser destrutivas contra os inimigos.

As tropas profanas avançavam como uma tempestade, com fúria e ódio, rugidos de batalha eram agouros ruins e destruíam a esperança dos cavaleiros, mostrando para eles que as táticas do rei das sombras se aplicavam muito bem em suas terras.

Os homens choravam, sobre o chão devastado, choravam sangue de terror em uma terra onde o tempo parecia não passar, os gritos mostravam o quão destrutivos eram os inimigos, até que, finalmente, os elfos que antes lutaram com outra fortaleza,surgiram da montanha leste e com eles, um novo amanhecer de vitória nasceu, cheio de glória e honra.

A revanche começou, as duas raças formavam uma bela dupla e os inimigos foram aniquilados. O senhor do caos tremeu.

As tropas avançaram e chegaram finalmente ao portão negro.

- Meu lorde, eles estão aos pés do portão e com ódio eles atacarão, temos de fazer alguma coisa enquanto ainda há tempo! – disse o general entrando novamente no grande salão.

- Eu sei disso, sinto tudo que acontece nas minhas terras, reconheço seu medo, mas confie em seu mestre, daremos um jeito de expulsar essa escória das nossas terras. – disse, levantou-se do seu trono e gritou, estremecendo até o mais bravo soldado, o berro fez o chão se tremer e foi ouvido até na mais distante montanha do sul. – Libertem os dragões!

As tropas de homens e elfos perderam as esperanças, sob as nuvens negras dançavam as criaturas com seus enormes pares de asas. Seu rugido trazia o medo mas sua beleza era incomparável. Eles voavam como águias, mas sua forma demoníaca só era visível quando a lua aparecia entre a tempestade. Seu hálito mostrava caos e dor e seus olhos intolerância e superioridade, o ataque começou.

A terra chorava e os gritos de guerra transformavam-se em gritos de pânico.Os bravos guerreiros foram corrompidos pelo terror, alguns corriam e os outros ficaram paralisados apenas esperando a morte certa. Então, um grande guardião do oeste, com um grito de guerra, feriu uma destas criaturas com sua lança, o sangue negro jorrou do peito da grande serpente, era possível vence-los. Os homens retomaram novamente sua esperança, precisavam entrar naquela fortaleza, era agora ou nunca, precisavam defender sua honra sem medo!

Os elfos, com sua incrível destreza derrubaram as grandes criaturas do céu com fechas. Perfuravam asas negras e os tornavam vulneráveis para as espadas dos bravos homens, seus pés poderosos cravavam suas grandes garras nos peitos dos muitos homens que encontravam, mas isso não os deteve, laminas gritavam enquanto cortavam as escamas, mas, mesmo com a vitória alcançada, muitos heróis caíram diante do poder das criaturas.

O rei das trevas rugiu de raiva, havia perdido o campo. Com os punhos cerrados de ódio matou um de seus subordinados, ninguém agüentaria ver a destruição daquele pobre orc, suas tripas foram arrancadas e jogadas para o grande cão negro que se sentava aos pés do trono. O rei negro então, começou a vestir-se para a guerra. Sua armadura era totalmente negra, sua espada reluzia com o sangue dos antigos inimigos e seu escudo sem brasão continha dois grandes chifres.

O general apareceu.

- Senhor, o Reino está arruinado o inimigo que já havia invadido a fortaleza agora já tomou os salões principais e avança rapidamente, nem os nossos trolls conseguiram segurar sua maldita fúria por um tempo questionável, precisamos agir rápido! – disse o general. – precisamos de algo para nos dar esperanças meu lorde!

- Você quer esperanças? Um emissário do caos e da desordem querendo esperança? Não me faça rir.Ainda restam muitas alternativas. – disse o rei, se aproximou do general lentamente, cujo tremia. – Seu coração imundo demonstra seu medo, seu medo de perder o reino, você é como eu. – terminou o bruxo do caos.

- Meu lorde, não me compare ao senhor, sou apenas um servo repugnante que cresceu na sua sombra, sem você eu ainda seria um homem do sul, eu lhe agradeço. – disse o general ajoelhando-se perante o seu mestre.

- Muito bem pensado, você é um ser de valor, seria uma pena desperdiça-lo, conheço uma utilidade melhor para seu corpo... - disse o rei.

O general levantou-se, o medo do seu mestre deixou seu coração.

- Mestre, devemos fazer algo contra os inimigos, logo eles estarão aqui, mas, eu estou disposto a lutar pelo senhor, com toda a minha fúria, minha espada vai uivar pelos grandes salões negros! – disse o general desembainhando sua lamina.

- Certo, mas espere, eu ainda tenho uma ultima carta na manga... – disse o lorde.

Com um lamento entristecido, foram finalmente soltos, os demônios aprisionados nos confins do abismo, nas masmorras mais escondidas agora voavam livremente na terra onde o caos reinava. Com ódio infestaram os salões escuros, os guerreiros sentiram medo, mas a trompa de seu general soou pelo salão e, nas sombras, encontraram sua glória, lutaram no escuro e em meio aos gritos e gemidos das criaturas, conseguiram avançar mais um pouco chegando em um salão maior ainda, tão grande que o seu teto era impossível de ser visto e lá encontraram.

Estava finalmente livre das correntes da dor, uma criatura criada para trazer a sentença para os homens de bem, sombra e fogo rugia e as trevas tornaram-se sólidas. Aquela era a câmara do demônio, vindo de uma prisão, uma prisão nas profundezas da terra. Só entendia sobre uma coisa, a morte e como causa-la. Era a besta profana, a criatura criada pelo medo da morte, medo da dor. Sua respiração congelava o ar e seu olhar maligno parecia vascular a alma de cada homem que encontrava.

Os salões de pedra silenciosos agora estavam cheios de pânico, mas os homens, com o coração cheio de ódio foram de encontro ao inimigo. O aço enchia seus corações e os gritos de guerra eram agora mais fortes que nunca. Mas nada era páreo para o ser do submundo. A criatura brandia uma espada negra que parecia ser o mal sólido e com ela dizimou a tropa, não havia mais homens, eram agora um pequeno grupo lutando pela sobrevivência, correndo pelos corredores escuros, não havia mais esperança. O demônio avançava em velocidade incrível e os homens que não conseguiam acompanhar seu senhor eram destruídos pela lamina do mal. Finalmente chegaram em um outro grande salão onde havia uma enorme porta aberta e saindo dela estavam os anões, eles haviam vencido no norte e vindo de encontro com os homens e elfos para a grande batalha. A criatura tinha seu poder fortalecido pelo medo de seus inimigos, mas isso foi a sua ruína, pois o ódio dos anões era imenso e eles não tiveram medo algum. Encurralaram o demônio e o mataram com golpes de machado e martelo.

- Senhor, está tudo perdido, os demônios foram aniquilados e o grande trunfo caiu perante os inimigos, não existe escapatória meu lorde, vá agora, eu os segurarei aqui com seu grande cão, darei tempo para sua fuga. – disse o general preocupado.

- A sombra está caindo e o nosso reino tornando-se ruínas, não há nada que possamos fazer, apenas ir de encontro ao inimigo, fugir está fora de questão enquanto eu for rei! – disse o lorde negro em voz alta. – Você é o único em quem confiei minha verdadeira forma meu belo servo, devo tudo a você. – terminou.

- Eu sei meu senhor e justamente por isso, criei este sentimento, você tem que viver, nem que isso custe a minha vida! – respondeu o general.

- Você é o meu servo mais poderoso... – o rei aproximou-se do general. – você não deveria morrer, não ainda, fuja você, meu desejo é que você continue meu reinado de terror. - terminou.

- Impossível, devo lutar pelo meu rei! - gritou o general.

- Então você morreria por mim? - perguntou o rei negro.

- Se for por você, meu lorde, farei tudo que for possível! – disse o general virando o rosto para o lado.

- Se é isso que deseja, morreremos juntos, como rei e seu escudeiro.

As tropas que restaram, cheios de tormentos e pesadelos correram pelos corredores estreitos e frios da fortaleza, os seus corações ansiavam por justiça. Finalmente chegaram, lá estava a sala do grande rei, abriram a pesada porta e invadiram o local, o rei negro jazia ajoelhado no chão e junto dele, ajoelhado na sua frente estava o seu general, ambos atravessados pela mesma espada, abraçados.

sábado, 11 de dezembro de 2010

- O mago e o dragão, 5° missão.


- Nunca se ouvia falar de magia nas redondezas de Belvorn, talvez alguns sussurros sobre bruxos e feiticeiros passando rapidamente pela cidade, mas, certo dia, enquanto eu arrumava a taberna para fechar e expulsava os últimos anões bêbados lá de dentro, percebi uma estranha figura encostada em um canto escuro, longe da lareira, usava algum tipo de manto negro e um cajado estava apoiado na parede ao seu lado, ele parecia aflito com alguma situação, e eu, como um bom bardo curioso, perguntei o que havia acontecido e ele me disse.

Silenciosa foi sua cavalgada pelos campos de Morien, seu cavalo branco, Aendu estava cansado e com fome, e o mago, como um bom amigo de seu animal, parou em uma cidade para recompor as energias do animal e também, as suas pois viajaram por muitas milhas sem parar, atrás de respostas para uma questão importante, mas agora, esquecida.
Ao entrar na cidade, todos admiraram o mago com um olhar de esperança e alegria, um homem se ofereceu para cuidar de Aendu, o mago analisou o olhar do homem cuidadosamente, mas não havia mal ou mentira em suas palavras. O mago então, caminhou até um estaleiro, lá o dono lhe fez um grande desconto, mas mesmo perplexo, o mago nada perguntou.
Deitou-se em uma cama macia e arrumada, seu chapéu estava sobre a cômoda e seu cajado apoiado em uma parede.
Começou a navegar em seu paradoxo de sabedoria e conhecimentos profundos, conduzido pela doce energia mística da natureza. Naquele pequeno aposento, finalmente descansou de sua longa jornada, escapando de uma noite sem fim, uma noite criada por preocupações e medos do futuro incerto. Lutando contra um antigo inimigo, que agora, estava de volta, a sombra no norte avançava rapidamente e entre o céu e a terra, estava começando o rugido do trovão.
Levantou-se, com um batido na porta, já era noite e seu coração se preocupava com Aendu, pois ele, era como um irmão.
Ao abrir a porta, um conde da cidade entrou rapidamente no aposento, suas roupas pareciam valer mais que o estaleiro. Lá, o conde implorou ao mago para que acabasse com um terror que pairava sobre a vila, uma nuvem negra de medo avançava e ficava cada vez maior. Um dragão, uma das mais antigas e poderosas criaturas que assolam a terra, nascidos no tempo da escuridão onde a lei era o caos e o ódio. O terrível filho do do anoitecer, voando por cima dos vales e montanhas, alcançando o céu com malícia e sabedoria tirana, nas tempestades era possível ouvir seus rugidos, rugidos de batalha. A temível criatura devorava os belos animais que moravam na floresta com presas enorme e garras afiadas, guerreiros da cidade o atacaram mas acabaram por cair perante as chamas e em seguida, o filho da noite começou a assolar a cidade, voando pelos campos sob a luz da lua e comendo o gado, que era a fonte de renda do local.
O mago, como um ser sábio e bom, aceitou ajudar o conde e sua vila se eles prometessem cuidar dos viajantes cansados e assim foi feito.
Com Aendu curado e forte novamente, o mago montou sobre ele e cavalgou pelos campos até chegar em uma floresta escura e triste. Desceu do cavalo e o guiou com cuidado entre as arvores em uma trilha feita de terra. Foi fácil para o sábio mago verificar para que direção a criatura profana habitava, haviam muitas pegadas grandes no chão e marcas de chicotadas nas arvores feitas pela sua cauda comprida, fora os arbustos e arvores com queimaduras. A trilha chegou em um ponto em que ficava impossível prosseguir, pelo menos impossível para Aedun, então o mago sussurou aos ouvidos do cavalo em sua própria língua e o cavalo correu rapidamente para fora da floresta. O mago sabia muitas línguas, de homens e animais e conseguia conversar com praticamente qualquer ser que ande pela terra, seja ele bom ou mau.
O mago caminhou na floresta sem ouvir qualquer canto de pássaros ou barulho de animais terrestes, enfim, chegou a uma grande gruta em uma clareira, onde era impossível vislumbrar o fundo, que parecia muito distante.
Uma luz irradiou do ruby que ficava na ponta de seu cajado, uma luz de um tom avermelhado, e lá dentro caminhou sem medo. Um ar quente vinha do fundo escuro da caverna apesar das paredes de pedra serem muito geladas.
Finalmente chegou ao final da caverna, onde um abismo negro e infinito se estendia. Lá, o mago clamou pela criatura em muitas línguas, e ela veio.
Como um antigo e esplendoroso rei, apareceu perante os olhos do velho mago, batia suas asas que se estendiam pelo horizonte negro sobre o abismo. Sua pele era avermelhada como o ruby em seu cajado, seu olhar parecia conter todo o ódio e ira dos antigos servos do mal, de seu focinho comprido, de vez em quando, saiam chamas azuis e vermelhas que enchiam o lugar pouco iluminado com muita claridade. O mago não aparentou medo e levantou seu cajado contra a criatura e conjurou sábias palavras de ódio. O dragão porém, não gostou nada disso, e, parecendo zangado, se levantou ficando ainda mais alto e imponente e respondeu que não era uma criatura das trevas. O mago, pensou que o dragão estava tentando seduzi-lo com suas palavras e, com medo de que o monstro lançasse um antigo feitiço sobre ele, lançou uma rajada de raios azuis de seu cajado acertando o rosto do dragão. A luz dos raios iluminaram a caverna, e o barulho de eletricidade ecoou pelo corredor de pedras atrás do mago. O dragão riu e zombou do poder do mago. O mago se enfureceu, abaixou a cabeça e começou a murmurar palavras em uma língua desconhecida ou esquecida e por fim, para terminar o encanto, bateu o cajado contra o chão com força. Alguns ruídos foram ouvidos pelo salão, ruídos maléficos, e então, sem qualquer aviso, vários vultos negros começaram a dançar pelo local em uma velocidade terrivelmente rápida. O mago ordenou para que atacassem e assim o fizeram, se chocaram com força contra o corpo rígido do dragão, mas este, não parecia se incomodar, as sombras o fizeram novamente, mas o dragão, dessa vez, abriu sua enorme bocarra e rugiu, um rugido que fez o chão da caverna estremecer e o coração do mago acelerar. O mago, cansado, caiu de joelhos perante o dragão e esperando sua morte perguntou porque o dragão atacava a cidade e se ele se sentia bem com isso.
O dragão olhou perplexo e respondeu "eu sou um ser vivo como você ou qualquer outro, no meu coração não repousa nenhuma maldade ou desejo de destruição, o meu poder apenas é usado para saciar minha fome e, de vez em quando, me proteger. Você, como eu, também matou animais para saciar sua fome, feriu alguém que tentava lhe ferir. De uma forma diferente, mas ambos somos estudantes da antiga magia e em nosso coração deve repousar o conhecimento e sabedoria!".
O mago tentou se levantar apoiando-se ao seu cajado, mas este, escorregou e caiu em direção ao abismo, o dragão, por sua vez, segurou o mago em uma de suas patadas evitando a queda para a morte no buraco profundo e o colocou no lugar em que estava. "Eu te liberto, vá e tenha mais juízo com suas palavras da próxima vez."
O mago saiu da caverna, assobiou e Aendu veio. Subiu no cavalo e foi embora, para terras distantes. Nunca mais ousou pisar nos campos de Morien novamente e contou a todos de sua irmandade sobre o grande dragão que morava lá. Grade não só na forma.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

- O guerreiro e a elfa, 4° missão.


- Depois de um longo dia de trabalho (risos), estava sentado em uma cadeira na porta da taberna vendo o movimento e vi um homem andando lentamente pela rua, sua aparência era estranha e me deixou perplexo, então o chamei para beber alguma coisa de graça.
Conversamos por algum tempo sentados no balcão colecionando algumas canecas de cerveja e ele me contou sua historia.

Ele caminhava calmamente pelos bosques de Elbon, trajava uma roupa de couro usada por guerreiros e uma espada jazia na bainha presa as costas. Em uma clareira entre as arvores, viu um estranho ser cantando e dançando com beleza. O guerreiro avançou entre os arbustos, ainda escondido e começou a observa-la, era uma elfa-negra. Sua pele era azulada e seus graciosos cabelos escondiam duas orelhas no formato de folhas, era uma princesa, uma princesa da floresta. Quando se aproximou mais um pouco, a elfa percebeu que estava sendo observada e correu para a floresta sumindo na escuridão.
O guerreiro, encantado com a sua beleza a procurou pela floresta por dias e sempre voltava até a clareira e lembrava-se do que viu.
Um dia, por sorte ou por ela ter deixado, o guerreiro a viu, ela estava sentada em uma pedra olhando para a lua. O guerreiro se aproximou lentamente e se apresentou, a elfa olhou assustada e sussurrou alguma coisa em uma língua estranha. Mesmo sem entender, o guerreiro considerou uma permissão para se aproximar mais, sentou-se ao lado da elfa, não sabia o que dizer, ele não sabia se ela entenderia. Seu coração batia rápido e seu corpo tremia, ele estava apaixonado pela sua beleza. Inclinou-se e ela deixou, os dois se beijaram sob a luz do luar.
A elfa então fez um gesto, segurou sua mão e desceu da pedra com incrível destreza, o guerreiro, de uma forma mais lenta, foi atrás.
Eles caminharam pela floresta escura sem medo, um tinha o outro e seus olhares se cruzavam com freqüência. Após algum tempo no escuro chegaram a uma pequena porta de madeira aberta em uma grande rocha, próximo de um pequeno lago com o formato arredondado, onde a água era calma e escura. A elfa virou-se para o guerreiro com um sorriso no rosto, soltou sua mão e entrou pela porta sumindo na escuridão lá de dentro e o guerreiro foi atrás.
Era muito escuro, mas no fundo, ao longe, era possível ver um ponto de luz muito clara. Ao andar pelo local, o guerreiro ouvia uma musica muito bela ecoando pelas paredes húmidas. O canto vinha da elfa, ele podia reconhecer sua bela voz em qualquer lugar.
Começou a correr e após algum tempo chegou até onde a luz estava, chegou a uma pequena ilha onde era possível ver um belo jardim onde as arvores frutíferas eram grandes e majestosas e as flores pareciam mais vivas, brilhavam como nunca sob a luz das estrelas e da lua. A elfa estava sentada em um tronco caido com as pernas dentro da agua do lago, ela as mexia freneticamente.
O guerreiro e a elfa se divertiram muito, mesmo um sem conseguir se comunicar direito com o outro. Comeram todos os tipos de frutas que encontraram, as quais a elfa pegava facilmente subindo em galhos com muita leveza e habilidade, ela parecia acostumada a fazer aquilo. Dançaram perto da agua sob a musica emitida por algum encanto da floresta que o guerreiro desconhecia e não fazia questão de descobrir, pois estava extasiado com a bela melodia. As forças da natureza agiam fortemente sobre a ilha e fizeram com que o guerreiro pudesse entender as palavras da bela elfa, os dois conversaram sub um enorme carvalho, a elfa contou seu nome, um nome impossível de ser pronunciado por um humano. Conversaram sobre muitas coisas e o guerreiro aprendeu muitos segredos místicos e o convidou para ir até a ilha sempre que quisesse para se encontrar com ela, mas não poderia fazer nenhum mal a natureza nunca mais ou a ilha o castigaria, e isso ele prometeu.
O guerreiro partiu com pesar no coração, pois havia amado a elfa e aquela bela terra e deixa-las era muito doloroso. De qualquer forma, o guerreiro ia até a ilha a cada dois dias e lá conversava com a bela elfa, contavam suas historias e conversavam, ela era o amor da vida do guerreiro e ele não podia perde-la.
Então, um dia, o guerreiro convidou a elfa para ir até sua casa, os dois saíram na madrugada da ilha e passaram pela porta na rocha, quando entraram na floresta onde haviam se conhecido, um enorme urso negro apareceu na frente dos dois, ele parecia furioso e faminto. Rapidamente, visando proteger sua amada, o guerreiro sacou sua espada e perfurou a barriga do urso, quando o mesmo levantou-se nas duas patas traseiras para golpear a elfa com sua pata. O urso caiu de bruços sobre a elfa machucado-a. O guerreiro pegou o frágil ser nos braços e carregou para a ilha, lá implorou para que a natureza salvasse sua amada mas a natureza nada fez. Ela então disse que o urso não a atacaria de verdade, que ela só queria saber se o guerreiro era digno de ter a sua mão, e ele não foi. Uma voz entre as folhas verdes das arvores ecoou e disse para que o guerreiro deixasse a elfa e fosse embora da ilha para nunca mais voltar e por amor, ele o fez.
A porta na pedra nunca mais foi encontrada.

- O bardo e a viagem, 3° missão.


- Bom, em todos esses anos da minha vida muito curta, ouvi historias sobre grandes guerreiros buscando o poder e o poder trazendo a felicidade. Mas por fim, conheci um amigo enquanto viajava, em uma pequena vila chamada Aldain, ele também era um bardo e me contou sua historia.


Um coração jazia entre o clarear de um tempo esquecido e um escurecer de um mundo novo, esse coração pertencia a um bardo, um coração remendado e cheio de cicatrizes, não, não eram belas e honrosas como as de batalha.

O bardo era sinônimo de conhecimentos arcanos perdidos e velhas historias sobre terras longínquas, mas, o bardo já estava começando a ser considerado ultrapassado, poucos não as conheciam, e os que conheciam não queriam ouvi-las de novo. Ele não pertencia mais aquele lugar, onde apenas musicas melancólicas eram tocadas em seu bandolim e a alegria havia deixado seu calmo e paciente espírito.

Então, decidiu fugir, procurar novos campos onde pudesse dançar com os espíritos da noite sob o luar, procurar novos mares que estivessem dispostos a ouvir suas canções ecoando no horizonte infinito, procurar novas florestas que, com ouvidos atentos e curiosos, as arvores ouvissem suas historias sobre antigos reis.Cansou-se de seu passado triste.

Viajou só, por incontáveis trilhas, trilhas que se estendiam ao infinito, escalou inúmeras e majestosas montanhas com picos que se estendiam ao céu como lanças imponentes e navegou por muitos rios, rios longos e cheios de curvas, alguns com águas escuras e intocáveis, outras com águas claras e limpas.Mas seu coração não repousou em paz em nenhum lugar, visitou vilas e reinos distantes onde conheceu novos corações e traçou novos destinos, mas, por fim, deixou todos esses locais com pouco pesar, sem olhar para trás.Seu coração ainda sentia as marcas do passado, do lugar que deixou, então, voltou para sua terra natal com a alma entristecida.

Quando se sentou próximo de uma fonte na rua principal da cidade e começou a tocar uma bela harpa que ganhara durante a viagem, percebeu que tinha aprendido novas canções durante a viagem, conheceu novas historias e lendas e seu coração novamente alegrou-se, seria novamente lembrado e em seus atos, seu coração repousaria,finalmente em paz.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

- O troll e a caça, 2° missão.

- Acho que vou na casa do Velho Troll Denis rir um pouco comendo alguns tendões humanos e bebendo algumas garrafas de cerveja velha. Uma vez pude ve-lo caçar um animal em um bosque, fique com o poeminha.

"O velho troll descansa sob o carvalho

Esperando o antigo vento fazer seu trabalho

Refrescando seu corpo e sua mente

Esperando o sol abaixar derrepente.

Correndo pela mata, lá está seu jantar

E o prudente troll sem nada falar

O cervo corre na outra direção

Mas isso só dará ao troll, mais diversão."

- O Bardo Bebado, 1° missão.


"O Bardo Bêbado é uma taberna comum, onde os anões bebem e riem muito alto, os homens apostam com dados e arrumam briga, elfos desconfiados conversando em sua lingua antiga, halflings fumando cachimbo e conversando sobre a natureza."
Bom, a missão do Bardo Bêbado é trazer historias.



- Um pouco sobre Obardo.

Bom, Obardo é um homem alto com aproximadamente 1,80m e muito magro de modo que os ossos da sua costela são facilmente contados. Sua pele muito clara e os olhos verdes. Seu cabelo é claro em sua cor natural e está em constante mudança. Gosta muito de ler, ler as antigas aventuras dos hobbits pela terra-média, ler sobre as antigas guerras contra o primeiro senhor do escuro, ler sobre um homem e seu dragão se aventurando por terras onde as sombras não se escondem. Gosto de musicas que contam historias, mostrando a alma do musico quando tocada corretamente, musicas célticas e algumas mais pesadas. Gosto de belos pratos cheios de comida deliciosa, vinhos frescos e outras bebidas também estão no cardapio.
Sempre fui considerado inimigo do estado e das demais pessoas por pensar diferente, um "rebelde" nas vilas e pequenas cidades e fui muito julgado por isso.
A maioria das pessoas não sabem nem seu verdadeiro nome e na maioria o chamam usando um de seus muitos nomes falsos, sua musica e palavra encanta as graciosas damas e seus cortejos suspeitam os poderosos lordes, sua habilidade derruba os grandes guerreiros e sua mente confunde os grandiosos magos. Em seu coração repousa a verdade, a doce verdade e o encanto por todas as coisas do mundo. É um homem muito curioso e sempre quis saber a verdade por trás desta terra, saber sobre tudo e todos e mostrar isso para os amigos e inimigos, mostrar que é superior a eles e rir muito disso quando está bêbado.