Minha visão turva pelo sono de uma noite mal dormida é clareada pelas finas gotas de uma garoa fina e cortante que cai gélida sobre o meu rosto palido.
- Devia ter pego uma blusa. - comentei pra mim mesmo movendo apelas os labios, sem emitir qualquer som enquanto colocava a mão no bolso e trocava a musica que eu ouvia em um fone de ouvido.
sempre usei fones de ouvido, em etodos os lugares que eu ia, ele estava comigo. A vida era diferente com eles, uma nova visão de mundo podia ser desenhada na minha cabeça de modo diferente dependendo do som que ecoava pelos meus ouvidos invadindo o cerebro em um forte impulso.
Todas as pessoas daquela velha estação de trem tiveram seus caminhos futuros traçados pelos trilhos de ferro avermelhados pela ferrugem que se estendiam ao longo daquela estrada pavimentada com pequenas pedras.
Aquela massa ou, como gosto de nomear, o pequeno exercito feito de trabalhadores e estudantes com a vida traçada pelos seus superiores, cada um edeles é explocado pela propria terra, a qual são obrigados a amar em um juramento cego, a qual levam a mão ao peiteo em um gesto morbido de falso patriotismo enquanto seus labios cantam o hino.
Presos a trabalhos que odeiam na falsa esperança de um dia serem libertados devido ao seu esforço.
- Doce ilusão. - comentei rispidamente sentindo uma gota cair no meu olho tornando o simples gesto de abrir os olhos, uma ardencia fragil.
Depois da ardencia passar levemente com um forte esfregão dos punhos cerrados, vi uma garota ruiva ao meu lado, dividiamos a mesma estação de trem, o mesmo caminho e futuramente o mesmo vagão.
Será que eu sou como todo mundo? Será que sou realmente unico? Esse medo queima como brasa quente dentro do peito, martela o cerebro repetidamente em uma dor vagarosa e torturante.
O mundo é um lugar horrivel para se viver, somos TODOS controlados e os que pensam ser livres, quando descobrem que são controlados, perdem o controle, ainda bem que eu sempre soube o quão cativo sou.
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